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Unicamp encontra remédio para disfunção erétil em “melzinho do amor”

Fotos: Reprodução CIATox

O produto popularmente conhecido por “melzinho do amor”, e vendido como estimulante sexual, aponta composição 100% natural na embalagem, no entanto, após análise foi detectada a presença de dois fármacos encontrados em medicamentos para disfunção erétil.

O Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp (CIATox) analisou três amostras do produto, vendido em sachê. Os profissionais encontraram Sildenafila e Tadalafila, fármacos que devem ser vendidos apenas com prescrição médica.

José Luiz Costa, coordenador executivo do Centro, aponta os problemas de ingerir este produto: “O primeiro grande risco do consumo desses materiais é a incerteza da composição. Um dos rótulos não tinha nada escrito de medicamento. Outro problema que aparece é que esses medicamentos não são de venda controlada, então não precisa de receituário médico, mas eles devem ser usados com prescrição médica, com acompanhamento do médico, porque eles têm sim alguns efeitos colaterais consideráveis, principalmente quando o paciente tem algum problema cardíaco”, disse.

O uso sem acompanhamento médico pode gerar efeitos indesejados graves, como priapismo prolongado (que é uma longa e dolorosa ereção com risco de necrose do pênis) e lesão irreversível do membro. Mulheres com problemas de saúde, como cardiopatias, também estão em risco.

O especialista alerta que o uso do “melzinho do amor” aliado à ingestão de bebidas alcoólicas pode ser ainda mais perigoso: “O uso concomitante com bebidas alcoólicas aumenta esse risco de reação adversa ao medicamento, por exemplo, pode potencializar efeitos colaterais como tontura, hipotensão e dores de cabeça. O que temos sempre que lembrar é que nem sempre a pessoa sabe que está ingerindo isso”, explicou.

A venda do produto acontece no comércio ambulante, sites e sexshops, no entanto, ela é proibida pela Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, desde 27 de maio de 2021.

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