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Voluntários da Coronavac não conseguem registro para dose de reforço

Foto: Arquivo CBN/ Danilo Braga

Profissionais da Saúde de Campinas que foram voluntários da vacina Coronavac no HC da Unicamp relatam dificuldade para receberem a terceira dose de reforço. Esse grupo recebeu a imunização antes mesmo dos demais profissionais da Saúde da cidade, no início do segundo semestre de 2020. Por essa razão, teoricamente eles estariam ainda mais expostos ao risco que os demais. Francisco Mogadouro da Cunha é Médico de Família e Comunidade em Campinas e foi voluntário na Unicamp.

Ele explica que por ter sido vacinado como voluntário está incluído num outro tipo de registro, que exige um trâmite burocrático sem prazo estimado para a solução. “Participamos voluntariamente de uma pesquisa importante para a validação da vacina, mas acabamos sendo neste momento os menos protegidos por causa do tempo decorrido, embora continuemos diretamente atuando diretamente com pacientes suspeitos ou confirmados de covid-19”.

Assim como ele, outros profissionais que foram voluntários na cidade estão preocupados por estarem sem imunização há muito tempo e atuarem na linha de frente de atendimento a pacientes. A Prefeitura de Campinas deverá iniciar nesta semana a vacinação adicional ao grupo da Saúde.

Para Francisco, os voluntários deveriam receber a dose adicional no município, independente da confusão no registro estadual. “Enquanto a burocracia se resolve, na minha opinião, uma medida sensata seria vacinar a terceira dose, depois se resolve a registro e a divergência. Mas, são várias instâncias envolvidas, orientações conflitantes. Tem município aplicando a terceira dose, independente dos registo das anteriores, mas em Campinas, não”.

A prefeitura de Campinas informou que os dados dos voluntários do estudo não foram inseridos no VaciVida, sistema de vacinação do Estado e, por isso, não é possível fazer a dose adicional. A Pasta está aguardando que a Unicamp regularize essa questão com o Estado.

Os voluntários também não conseguem comprovar a vacinação através dos aplicativos, nem emitir o chamado passaporte da vacina. Uma situação, que de acordo com a Prefeitura também depende da regularização estadual. O Governo Estadual informou que esta situação é de responsabilidade do Instituto Butantan, que por sua vez, informou que precisa ser resolvido diretamente com o Instituto de pesquisa do HC da Unicamp.

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