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Campinas tem surto da síndrome mão-pé-boca com 11 casos em novembro

Foto: Valéria Hein

Campinas registra 11 casos da síndrome mão-pé-boca em crianças nas últimas semanas. O alerta foi dado pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa). A síndrome é uma infecção causada por vírus, contagiosa e muito comum em crianças. Atinge frequentemente menores de 5 anos, mas pode acometer também os adultos.

Em Campinas, no mês de novembro, foram notificados 11 surtos em escolas da cidade. Todos os casos e surtos dentro de estabelecimentos de ensino devem ser avisados imediatamente para a regional da Vigilância em Saúde (Visa) responsável pela área de abrangência da escola.

O médico Tadeu Fernando Fernandes, Presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria, diz que a doença é causada por um vírus da família do enterovírus, com transmissão oral e surge em surtos epidêmicos dentro de creches e escolinhas.

“O quadro inicial começa com uma febre alta, e no segundo, terceiro dia começam a aparecer feridinhas na boca, feridinhas na palma da mão, e feridinhas no pé. Também podem aparecer feridinhas no bumbum, nas dobras, nos joelhos, e nos cotovelos”, explica.

O vírus pode ser transmitido por contato com secreções das vias respiratórias (tossir, espirrar e falar), secreções das feridas e pelo contato com fezes dos pacientes infectados. Por isso, as crianças devem permanecer em casa até a recuperação.

“É uma doença benigna, autolimitada, ou seja, ela cura por si só em cinco a sete dias. A criança tem de ficar em casa para não transmitir para outros coleguinhas. E não existe remédio específico, somente sintomático, ou seja, se está com febre usa remédio para febre ou para dor”, afirma.

Não há vacina para proteger contra o vírus que causa a síndrome mão-pé-boca. Por isso, é fundamental adotar medidas adequadas de higiene pessoal e do ambiente, além do isolamento social dos doentes.

Sempre que a criança apresentar os sintomas é importante procurar avaliação médica imediata para orientação e tratamento adequado. As lesões orais podem dificultar a deglutição. Por isso, é preciso cuidar da hidratação das crianças. Um spray com analgésico pode ser recomendado pelo médico.

Tadeu Fernando Fernandes diz que essas situações são esperadas no retorno às aulas.

“É óbvio que com a volta às aulas as doenças infectocontagiosas das crianças vão voltar. Então, começa com a síndrome da mão-pé- boca, vão aumentar os casos de piolho, vão aumentar os casos de diarreia por vírus. A volta às aulas tem o lado bom, as crianças precisam da escola, mas tem esses efeitos adversos”, finaliza.

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