Estudo aponta colapso de aterros sanitários da RMC em cinco anos

Foto: Valéria Hein

Os aterros sanitários da região de Campinas deverão entrar em colapso em cinco anos, de acordo com um levantamento realizado pelo Consimares, Consórcio Intermunicipal de Manejo de Resíduos Sólidos da RMC. As sete cidades analisadas: Capivari, Elias Fausto, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Barbara d’Oeste e Sumaré, produzem 650 toneladas de lixo por dia. 

Os resíduos são encaminhados para dois aterros sanitários privados, em Paulínia, que recebem 70% do material, e Indaiatuba, responsável por 7%. O restante vai para um aterro municipal, que atende apenas a cidade de Santa Barbara D’Oeste. Para enfrentar o problema, o consórcio elabora um projeto de implantação do modelo de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que vai culminar na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Consimares.

O projeto faz parte de um consórcio entre estes sete municípios vizinhos, que juntos somam aproximadamente 942 mil habitantes, e prevê a  implantação de um centro de reciclagem que deverá entrar em funcionamento em 2023 , responsável pela triagem de papel, alumínio, plástico, entre outros materiais provenientes da coleta seletiva do resíduo seco.

Além disso, haverá uma usina de tratamento térmico dos demais resíduos úmidos e contaminados, como restos de comida e lixo de banheiro, que deverá entrar em operação em 2025. Uma data que, de acordo com o engenheiro elétrico, Antonio Bolognesi, que está à frente do projeto, coincide com a saturação dos principais aterros que atendem a região. “Para se ter ideia da gravidade da situação, em menos de cinco anos, ambos chegarão ao fim de sua vida útil”.

Bolognesi afirma que o projeto prevê a implantação de uma usina de produção de energia a partir do lixo. “Nem um saquinho sequer será enviado aos aterros. Além disso, com a reciclagem de 99% do volume tratado, evita-se a contaminação do solo e lençóis freáticos, eliminando também odores desagradáveis, contaminantes e presença de animais e insetos no perímetro”. A planta fica na cidade de Nova Odessa, em zona industrial, afastada do perímetro urbano, próxima da rodovia Anhanguera.

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