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MP registra denúncias de rachadinha contra nove vereadores

Foto: Divulgação/Câmara de Campinas

O Ministério Público recebeu nove denúncias relatando supostos casos de ‘rachadinha’ na Câmara de Campinas. As acusações, distintas, referem-se aos vereadores Nelson Hossri (PSD), Filipe Marchesi (PSB), Oto Alejandro (PL), Jorge Schneider (PL), Gustavo Petta (PCdoB), Edison Ribeiro (PSL), Marcelo Silva (PSD), além do presidente da Casa, vereador Zé Carlos (PSB). Sete denúncias foram feitas de forma anônima, e duas delas, dos vereadores Marcelo Silva e Gustavo Petta, por uma mesma mulher, nesta segunda-feira, dia 06.

Rachadinha é o termo usado para as situações em que políticos que ocupam cargos públicos ficam com parte dos salários de seus assessores.

De acordo com o MP, a partir das acusações cabe ao órgão, inicialmente, solicitar esclarecimentos. Foram pedidas informações como os nomes e qualificações de todos os assessores dos parlamentares, desde o dia 1° de janeiro de 2021. Os esclarecimentos devem incluir também os funcionários que foram exonerados no período.

O procedimento, chamado de “Notícia de Fato” deve estar concluído em até 120 dias, sendo 30 prorrogáveis por 90. Depois o promotor de Justiça Angelo Carvalhaes, responsável pelos procedimentos, pode decidir pelo arquivamento ou pela instauração do inquérito civil.

Todos os vereadores foram procurados pela reportagem. Sete deles, Nelson Hossri, Filipe Marchesi, Jorge Schneider, Gustavo Petta, Edison Ribeiro, Marcelo Silva, Zé Carlos responderam ao contato e negam as acusações.

Os vereadores Marcelo Silva e Gustavo Petta classificaram as denúncias como infundadas e de cunho político. Felipe Marchesi afirmou que sua possível candidatura ao cargo de deputado estadual tem incomodado o meio político e que medidas judiciais foram tomadas. Edison Ribeiro afirmou que está em seu terceiro mandato nunca teve este procedimento.

Jorge Schneider, diz que o objetivo é mudar o foco da investigação de racismo que acontece na Câmara Municipal. Nelson Hossri afirmou que trata-se de uma vingança pessoal de um assessor que foi exonerado e não aceitou a demissão. Permínio Monteiro disse que desconhece as denúncias e que o ônus da prova cabe a quem acusa.

Por fim, presidente da casa, Zé Carlos diz que este tipo de conduta, a rachadinha, é abominável está à disposição do Ministério Público para contribuir com eventual investigação, que comprovará a falsidade das denúncias.

O vereador Otto Alejandro não respondeu ao pedido da reportagem.

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