Uma operação da Polícia Civil e Ministério Público do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, cumpriu quatro mandados de prisão e 30 de busca e apreensão em sete estados.
A ação visa combater associações entre indivíduos que praticam, divulgam e instigam a realização de atos de discriminação e preconceito em relação à raça, cor, etnia e procedência nacional, além do crime de corrupção de menores.
Em Campinas, policiais da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais), da 1ª DIG cumpriram dois mandados de busca e um de prisão na região do Pq. Santa Bárbara.
Em uma casa, um homem de 43 anos foi preso. Com ele, segundo o Delegado responsável pela DEIC de Campinas, Oswaldo Diez Jr., foi encontrado um artefato explosivo
” Ele estava em posse de um artefato que nós estamos encaminhando para análise para saber a periculosidade desse artefato, o quanto de dano ele poderia causar. Fato grave, eu reputo como uma ação antecipada a uma possível tragédia”
No local, os policiais ainda apreenderam mais de R$ 2 mil em espécie, material alusivo ao nazismo, cápsulas de arma de fogo, um pé de maconha, um celular, entre outros objetos.
Os mandados foram distribuídos entre 15 alvos no Rio de Janeiro, nove em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul, dois no Paraná, um em Minas Gerais, um no Rio Grande do Norte e um em Santa Catarina.
Durante a investigação, com a quebra de sigilo de dados e telefônicos autorizados pela Justiça, foi possível identificar a existência de grupos de indivíduos que se autodeclaram nazistas e ultranacionalistas, associados para praticar e incitar atos criminosos.
Os investigados, alguns adolescentes, publicam em redes sociais e em aplicativos de mensagens diversas fotografias, imagens e textos de cunho racista, homofóbico, antissemita ou nazista e falam abertamente sobre a prática de violência contra essas populações.
O homem preso em Campinas já tinha um mandado de prisão temporária expedido contra ele pela Justiça do Rio de Janeiro. Constatando o artefato, ele deverá sera autuado por Crime de Terrorismo e lei do desarmamento com penas de 12 a 30 anos de reclusão
A ocorrência foi apresentada na 1ª DIG de Campinas.