Os servidores da Receita Federal iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira e está prevista a adesão da maior parte dos auditores. Apenas a área aduaneira deverá manter as atividades, mas em ritmo reduzido, na chamada operação padrão, mantendo o atendimento normal apenas para cargas de medicamentos e insumos da saúde.
Na Alfândega do Aeroporto de Viracopos, em Campinas, a greve já causa morosidade na liberação de mercadorias por causa da adesão dos auditores-fiscais. De acordo com José Carlos Ferreira, Presidente da Delegacia Sindical Campinas/Jundiaí do Sindifisco Nacional, Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais, não se trata de uma greve. “É uma operação padrão, ou seja, uma morosidade para a liberação de mercadoria importada e não haverá impacto aos passageiros de viagens internacionais”.
O motivo da greve é a aprovação do orçamento público para 2022 no Congresso Nacional, que não prevê recursos para os servidores da Receita Federal. José Carlos Ferreira explica que esta é uma resposta ao corte drástico no orçamento para a Receita Federal. “Não se trata de motivação salarial”. O movimento foi aprovado na última quinta-feira durante uma assembleia geral dos trabalhadores, com quase 4 mil e 300 participantes.