O setor da construção civil prevê um ano de crescimento em 2022, mesmo diante de algumas dificuldades que deverão se apresentar. Na última semana, o Sinduscon São Paulo já havia divulgado uma previsão otimista para os próximos meses, e agora foi a vez da regional de Campinas fazer coro com a previsão. A expectativa alta se dá pelo fato do setor ter permanecido aquecido nos últimos anos, mesmo com as crises econômica e sanitária que perturbam a vida do brasileiro.
De todo modo, existem alguns fatores que geram um pouco de temor, como a alta da inflação, a dificuldade em buscar mão de obra qualificada, o custo dos materiais de construção e o fato de 2022 ser um ano eleitoral. Para o diretor da regional do Sinduscon, Mário Benvenutti, é claro que existem preocupações, mas o fato é que o ano deve ser muito positivo para as construtoras.
Isso se dá ao fato de que as bases para o crescimento foram fortalecidas em 2021, apesar da pandemia. “2021 foi muito bom. Apesar da pandemia, a construção civil não teve tantos aspectos negativos na parte prática. O que a gente pode considerar bom para 2022 é porque a base foi feita em 2021. Nós tivemos as obras funcionando em 2021”, explicou. Mário Benvenutti disse ainda que a eleição presidencial deste ano pode alterar as projeções, mas o sentimento é de otimismo.
Segundo ele, nem mesmo o fato de que os financiamentos fiquem mais caros nos próximos meses devem ser problema para o setor. “Primeira dificuldade: é um ano político. A gente não sabe o que pode acontecer num ano político. E há uma tendência realmente do aumento dos custos do financiamento. Apesar que em 2021, para vocês terem uma ideia, o índice (taxa de juros) era de 12% e chegou a cair a 4,5%”, disse.
A perspectiva é de um crescimento do PIB da construção acima do esperado para o PIB nacional, sendo ainda maior para as empresas do setor, com reflexo positivo no aumento do emprego.