O governo de São Paulo pediu às prefeituras paulistas que reduzam em até 30% a capacidade de público em eventos musicais, esportivos e festas em geral, para impedir o avanço da pandemia de covid-19 no estado. A medida é necessária para a redução dos novos casos da doença, que aceleraram desde que a variante ômicron passou a circular no país. Além disso, o governo estadual estendeu para o dia 31 de março o período que obriga as pessoas a fazerem uso de máscara, em ambientes abertos ou fechados.
Para qualquer tipo de evento, também continua obrigatória a apresentação do chamado passaporte vacinal, onde as pessoas têm que comprovar que tomaram as doses da vacina contra a doença. O coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo explicou quais medidas serão adotadas para preservar a população do estado.
Segundo ele, o estado mantém algumas obrigações e contam com o apoio das prefeituras para fechar o cerco contra a doença. “Em relação a eventos, shows e atividades esportivas, nós vamos continuar com a recomendação das medidas não farmacológicas, de uso obrigatório de máscaras, de álcool gel, todos os eventos, shows e atividades esportivas devem exigir o comprovante da vacina completo, se possível, teste PCR. E recomendamos para as prefeituras que reduza a ocupação nesses eventos”, disse.
A prefeitura de Campinas foi procurada para manifestar se vai acatar a sugestão de limitação de público nos eventos, mas ainda não formalizou resposta. A secretaria de saúde do município informou que vai aguardar todo o anúncio do governador e a publicação do decreto estadual para estudar quais medidas serão adotadas por Campinas.
De todo o modo, o coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 expressou preocupação com o aumento das internações, tanto em enfermaria, quanto em UTI, em todo o território paulista. Segundo João Gabbardo, os números deram um salto enorme, quando analisadas as duas últimas semanas. “Nessas duas últimas semanas, nós tivemos um aumento de 58% no número de pessoas internadas nos leitos de UTI. E um crescimento bem maior, nos leitos de enfermarias, um aumento de quase 100%”, afirmou.
O governo de São Paulo informou ainda que adquiriu mais 2 milhões de testes rápidos da covid-19, que estarão disponíveis a partir de fevereiro. Foram investidos cerca de R$ 12 milhões. O estado também iniciou o pré-cadastro para a vacinação de crianças, com idade entre cinco e 11 anos, no site vacina já. Ao todo, 4,3 milhões de pessoas nesta faixa etária deverão ser imunizados.