Com mais de um mês de vacinação infantil contra a Covid-19, a campanha em Campinas se mostra estagnada. Até esta terça-feira, de acordo com informações do Departamento de Vigilância em Saúde, apenas 36% do público alvo foi vacinado.
São 112 mil crianças de 5 a 11 anos, faixa etária que pode receber a aplicação, e pouco mais de 40 mil tomaram a primeira dose. E mesmo entre a população adolescente, de 12 a 17 anos, que desde o ano passado tem a possibilidade da vacinação, a cobertura está em torno de 70%.
Os números preocupam e reforçam a necessidade da busca ativa. Os agendamentos ao longo da semana e as mobilizações em Dia D aos sábados tem mostrado uma realidade aquém da expectativa. Por isso, a estratégia, de acordo com a diretora do Devisa, Andrea Von Zuben, será levar a vacina para as escolas. “E nós já vamos começar um cronograma de vacinação nas escolas. A partir de um (teste) piloto, estamos determinando estarmos em 15 escolas por dia”, ressaltou Andrea Von Zuben.
Os boletins epidemiológicos da secretaria de saúde trazem, diariamente, uma quantidade grande de óbitos. Nos últimos 10 dias, em duas ocasiões, a cidade teve 26 mortes registradas. A imensa maioria de pessoas acima de 60 anos.
O que chama a atenção, porque segundo os detalhamentos da própria secretaria de saúde, há uma adesão significativa dessa faixa etária à dose de reforço. A partir dos 65 anos, a cidade tem toda a população com a terceira dose. E mesmo assim os óbitos acontecem.
A diretora do Devisa, Andrea Von Zuben, foi questionada sobre a situação. Segundo ela, hoje a descompensação das comorbidades é o que está causando as mortes. “Não é que ele (Covid-19) está matando como foi antes, com acometimento pulmonar. Isso não acontece mais com pessoas vacinadas, porém acaba que descompensa doenças de base”, disse Andrea Von Zuben.
A boa notícia é que os números também mostram uma queda na procura pelos atendimentos.Se no começo de janeiro, nas primeiras três semanas, eram em torno de 18 a 19 mil pessoas que procuravam semanalmente as unidades de saúde com sintomas, agora o índice caiu para 9 mil e com tendência de queda ainda mais acentuada.