O projeto de revitalização da Avenida Campos Sales foi apresentado a comerciantes em uma reunião no auditório da Acic, em Campinas. A Emdec será a coordenadora da obra, que tem início previsto para agosto, e prazo de conclusão de 12 meses. Os trabalhos serão paralisados durante o período de natal, para não prejudicar o comércio.
Dentre as principais mudanças está a redução de quatro para três faixas na avenida, que passará a ter uma única faixa de ônibus (atualmente são duas faixas). Com isso, haverá o alargamento da calçada do lado direito dos motoristas, considerando o sentido da via.
O presidente da Emdec, Vinícius Riverete, afirma que a proposta é priorizar os pedestres. “Nós trabalhamos para trazer o público de volta para o Centro, uma das ideias para isso é revitalizar a área central, e essa revitalização só é possível fazendo uma obra, trazendo mais acessibilidade, dando mais preferência para o pedestre, então nós acreditamos que isso vai resultar em que o comércio volte a ter mais gente, que o público volte realmente para o Centro”.
As paradas de ônibus serão todas concentradas no lado esquerdo da Campos Sales. Serão implantadas também vagas de parada rápida, e haverá aterramento dos cabos que hoje estão nos postes, a exemplo das que foram criadas na Avenida Francisco Glicério.
Um diferencial em relação às obras de revitalização da Glicério é que não haverá necessidade de troca do encanamento sob a via, o que pode dar maior celeridade aos trabalhos. O paisagismo também será diferente. Serão plantadas árvores em canteiros, ao contrário do que foi feito na Glicério.
Uma das principais preocupações dos lojistas é quanto as bancas. Eles querem que não haja um aumento no número de bancas existentes atualmente, pois, na visão deles, isso contribui para a degradação da região central, conforme argumenta o vice-presidente da Acic, Guilherme Campos. “Ponto principal: Que não haja uma banca além daquelas que estão lá estabelecidas, não vamos entrar no mérito do todo, todo mundo tá lá há muito tempo, e evitar que o solo público seja invadido por outras bancas de outras regiões da cidade”.
Campos citou exemplos de pontos que, na opinião dele, estão degradados, e contam com altas quantidades de bancas. “Região Central tão judiada como ela está, vai me dizer que tá bacana a rua Alvares Machado da Costa Aguiar para cima? Vai dizer que está bonito aquilo ali? Vai dizer que tá bonito o Terminal Central?”
O projeto foi apresentado, mas não agradou a todos os comerciantes. Muitos se preocupam sobre como ficarão seus estabelecimentos após as mudanças, em especial, os proprietários de bancas já existentes, que expressaram preocupação com a padronização das bancas. A Emdec promete ouvir os comerciantes, e afirma que pode realizar mudanças na proposta apresentada.
