A Justiça Militar de São Paulo revogou a prisão cautelar de 10 policiais militares de Campinas, acusados de fraude, coação, homicídio e outros crimes. Deste modo, eles passam a responder em liberdade. Outros cinco acusados pelos mesmos crimes já estavam em liberdade. As prisões foram revogadas em audiência de instrução, realizada no último dia 28. As defesas entraram com os pedidos, com o argumento de que a investigação conduzida pela Corregedoria da PM apresentou algumas lacunas, sem que elas fossem detalhadas.
Os réus permaneceram presos por três meses. Em sua decisão, o juiz militar Ronaldo João Roth disse que uma das vítimas que prestaria depoimento não compareceu e sequer foi encontrada pelo Ministério Público, que desistiu de ouvi-la. Uma nova audiência para ouvir outras testemunhas foi marcada para a próxima quarta-feira, 09. A investigação teve início após uma delação na Corregedoria da Polícia Militar, que terminou com a prisão de 11 policiais militares em 23 de novembro do ano passado.
Outros 50 PMs foram afastados através de medidas correcionais. Aos 10 acusados que permaneciam presos foram imputados os crimes de maior gravidade. A decisão judicial citava a morte de inocentes, coação de testemunhas e fraude de locais de crimes.