A Câmara de Campinas aprovou em segunda discussão na sessão remota desta segunda-feira, 14, o reajuste de 9,5% que será aplicado no salário do prefeito Dário Saadi, do vice, Wanderley de Almeida e de todos os secretários de governo. Foram 23 votos favoráveis e seis contrários. O texto prevê que o valor passe de R$ 24.965,00 para R$ 27.336,68. Agora, o texto será encaminhado para sanção do Executivo para entrar em vigor.
Uma das justificativas da administração municipal é que o reajuste vai permitir que cerca de 100 médicos façam horas-extras na rede municipal sem que extrapolem o teto de remuneração. O líder de governo na Câmara, vereador Luis Rossini, do PV, afirma que o reajuste é aplicado com justiça, uma vez que os 171 servidores que estão no teto não têm readequação salarial há cinco anos. Segundo ele, o reajuste é apenas uma recomposição do período. “Esses servidores ficaram quase cinco anos com os vencimentos congelados. Teve um reajuste no final do ano, por conta de uma decisão judicial, que colocou o salário do prefeito em R$ 24 mil. Passar esse valor para R$ 27,3 mil, representa a reposição inflacionária. Apenas a atualização dos valores pela inflação, na ordem de 9,5%”, afirma.
No início da sessão, a Câmara de Campinas aprovou também em segunda discussão, o Projeto de Lei que prevê a cessão de um bônus de R$ 800 reais a todo o funcionalismo público e o aumento de 20% no vale-alimentação. Porém, os vereadores rejeitaram uma emenda de autoria de Mariana Conti, do PSOL, que pedia a recomposição da inflação para os salários de todo o funcionalismo público.
A parlamentar afirma que a bancada governista foi incoerente ao justificar o aumento do salário do prefeito e dos secretários pela perda inflacionária e deixar o restante dos servidores municipais sem a possibilidade de reajuste. “(A Câmara) Acabou de rejeitar uma emenda que previa a recomposição salarial, do conjunto dos servidores públicos. E agora vota, coloca em deliberação, com todos os argumentos, com várias desculpas que foram levantadas aqui para aprovar o aumento do subsídio, do salário do prefeito e dos secretários”, finaliza.