A prefeitura de Campinas publica neste sábado um decreto que desobriga o uso de máscaras em ambientes fechados, a exemplo da decisão do governador João Doria, anunciada nesta semana. Porém, na cidade, o uso do item de proteção seguirá sendo obrigatório nas escolas de ensino infantil, fundamental e médio, das redes pública e particular, entre alunos, professores e funcionários.
A medida é necessária devido ao baixo índice de cobertura vacinal entre crianças e adolescentes, com idade entre cinco e 17 anos. Na faixa etária entre cinco e 11 anos, a cobertura vacinal completa, com duas doses, é de apenas 21,2%. Entre 12 e 17 anos, o índice chega a 62%. O mínimo levado em consideração pela secretaria de saúde, para que o uso do item fosse desobrigado, é de 70%.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde de Campinas, Andreia Von Zuben, explica que com os indicadores atuais é perigoso deixar um número grande de alunos, sem máscaras, juntos em uma sala de aula. “Qual que é o nosso temor: reunir crianças fechadas em sala de aula, durante várias horas por dia, em ambientes fechados. As vezes nem é possível manter o distanciamento mínimo de um metro, com a taxa de vacinação tão baixa e liberar o uso de máscara nesta faixa etária”, afirma.
O prefeito Dario Saadi afirma que a decisão foi tomada baseada em dados científicos e que por isso o decreto do município é diferente do publicado pelo estado. “Nós resolvemos acabar com o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, em ambientes fechados aqui no município de Campinas. Nós teremos uma exceção, que é nos ambientes fechados das escolas de educação infantil, fundamental e médio da cidade”, disse.
Além das escolas, o uso de máscaras segue sendo obrigatório nas unidades de saúde do município, assim como na rede de transporte, que inclui terminais, ônibus, táxis, serviços por aplicativo, transporte escolar e outros. Funcionários e visitantes das instituições de longa permanência de idosos também serão obrigados a usar o equipamento de proteção.