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Funcionárias da limpeza da rede municipal realizam nova paralisação

Foto: Guilherme Pierangeli

Funcionárias terceirizadas da limpeza da rede municipal de ensino de Campinas realizaram uma nova paralisação nesta quinta-feira (3). O motivo é a falta de pagamento do vale-transporte, assim como na última paralisação, em 14 de fevereiro.

Mas antes disso a categoria também havia realizado paralisações devido ao atraso no pagamento dos salários. O diretor do sindicato, Roberto Pereira da Silva, teme que esta situação se repita. “E a nossa preocupação é o pagamento, uma empresa que atrasa o vale-transporte vai fazer a mesma coisa no pagamento, hoje é o vale-transporte, daqui três ou quatro dias é o salário de fevereiro”.

Segundo a Prefeitura, no período da manhã, nove escolas suspenderam totalmente as atividades, e 12 suspenderam parcialmente. Cerca de 9,5 mil alunos dessas unidades foram afetados. A socióloga Diana Nascimento é mãe de uma criança que é atendida pela rede municipal de ensino, e apoia a paralisação. “Pra gente com certeza é um caos quando a escola não abre, você tem de levar o filho pro trabalho, se virar, mas é um absurdo a turma ter de trabalhar sem ter recebido salário, então eu apoio pois nossa luta tem de ser em defesa da escola pública, e de todos que estão trabalhando lá dentro”.

As trabalhadoras cobram a saída da empresa Especialy, que é a terceirizada da limpeza na rede municipal de ensino. O Prefeito de Campinas, Dário Saadi, afirma que a Prefeitura está trabalhando neste sentido. “Eu já estava conversando com os secretários, e este procedimento de punição está em seu devido prazo, seu devido rigor, e se as condições legais indicarem nós vamos substituir essa empresa, o que não posso fazer é na minha vontade, que era de substituir as empresas desde o primeiro problema, se ela não está pagando as trabalhadoras isso é inadmissível, é um absurdo, o processo de ruptura do contrato está em andamento”. Dário frisou que os repasses para a empresa, de R$ 2,5 milhões ao mês, estão rigorosamente em dia.

Segundo a Prefeitura, a prestadora já havia sido notificada e autuada e está em curso processo para estabelecer o valor da multa. O contrato com a Especialy foi firmado em outubro de 2021, e a empresa possui cerca de 700 funcionários.

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