Após dois anos enfrentando fechamentos e limitações devido às medidas de restrição ocasionadas pela pandemia, os bares e restaurantes começam a retomar o movimento pré-pandemia. O fim da obrigatoriedade do uso de máscaras foi um marco para o setor, que passou a ver clientes mais seguros sobre as idas aos estabelecimentos, e já notam um movimento crescente, conforme detalha o Presidente da Abrasel na RMC, Matheus Mason. “O que mostra que a população começou a entender que estamos no final da pandemia, só o fato das máscaras o movimento melhorou de 10% a 15%, então já trouxe mais receitas, estamos em um patamar de receitas pré-pandemia, e com isso a gente começa a conseguir a pagar as contas e a pagar os prejuízos que vieram na pandemia”.
A maioria dos bares restaurantes ainda não quitou as dívidas contraídas na pandemia, e há algumas começam a vencer no meio do ano. Mason afirma que a volta do movimento anima o setor para conseguir pagar essas dívidas, mas diz ser complicado estimar quando os bares e restaurantes quitarão os débitos contraídos durante a pandemia. “A gente depende muito dessa consistência, que não aconteça nada que vá reduzir o movimento, a gente está com uma pressão de custos e de inflação muito grande em produtos, em carne, em peixe, então isso atrapalha um pouco, a gente tem que passar pro cardápio, a gente segurou muito tempo, então vai ser uma equação difícil de ajustar”.
Muitos consumidores se sentem mais a vontade para irem a bares e restaurantes neste momento em que há menos medidas restritivas, mas na opinião de Fernando Toledo, a retomada em regiões comerciais já ocorreu antes da liberação. “Estava já, antes da liberação, pois aqui é muito comercial, tem muita gente trabalhando, então eles não mudaram o hábito por causa da liberação das máscaras”.
As máscaras deixaram de ser obrigatórias no estado de São Paulo em 17 de março, inclusive em locais fechados, exceto no transporte público e unidades de saúde.
