Cerca de 450 famílias que vivem atualmente no Acampamento Marielle Vive em Valinhos podem ser despejadas a partir desta quinta-feira, quando vence o prazo dado pelo Supremo Tribunal Federal. O terreno particular foi ocupado há quatro anos e o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a reintegração de posse em 24 de novembro de 2021.
De acordo com o morador, Wilson Lopes, as famílias tentam na Justiça adiar o prazo de despejo, através de advogados. “A fazenda era improdutiva antes do acampamento se estabelecer no local, que agora possui atividade agrícola orgânica, para consumo interno e comercialização.
Não há residências de alvenaria no acampamento. As casas são de madeira e lona. “A intenção é de que, se legalizado, o assentamento utilize construção sustentável, sem pavimentação, com moradias ecológicas, feitas de tijolo de adobe e bambu, por exemplo, explica Lopes.
A Prefeitura de Valinhos alega que não é parte do processo jurídico de reintegração de posse entre os moradores e os donos da Fazenda e ressaltou que tem fornecido água para os moradores, além de atender as crianças nas escolas da prefeitura.