Campinas atingiu 100% de ocupação das vagas de UTI neonatal na rede municipal. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde entrou em contato com o Governo do Estado para solicitar a implantação de novas vagas com o objetivo de atender a cidade e a região.
A instalação dos leitos neonatais é mais complexa, por exemplo, que os de UTI pediátrica, que têm ocupação acima de 90 % por causa dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, incluindo a covid-19.
A diretora do Departamento de Gestão e Desenvolvimento Organizacional de Campinas, Erika Guimarães, explica que a superlotação nesta época do ano já é esperada por causa do outono, já que a mudança de temperatura aumenta os casos de doenças respiratórias. “São dois fatores: temos um número excessivo de casos de parto prematuro e já estamos entrando na sazonalidade, com síndrome respiratória”, afirma.
Segundo o presidente da Maternidade de Campinas, Marcos Miele, a situação atual dos leitos neonatais na cidade já é de colapso por causa da superlotação e da reforma do setor no Caism, da Unicamp, que atende ao SUS estadual. “Tanto a Maternidade quanto a PUC estão lotadas e o Estado encaminha vaga zero. A situação é crítica”, diz.
Os hospitais de Campinas têm feito adaptações nos leitos para receber casos urgentes de UTI neonatal. A recomendação dos médicos é de que as mães não deixem de fazer os exames de pré-natal, que podem detectar necessidade de tratamento antes mesmo do parto.