A greve do INSS continua e segue impactando parcialmente o atendimento em nossa região. A greve teve início em 23 de março, e a categoria reivindica, entre outras pautas, a reposição de 19,99% nos salários, alegando que estão há cinco anos sem reajuste.
Na agência da rua Barreto Leme, no Centro de Campinas, a paralisação é parcial, mas o atendimento foi comprometido na manhã desta segunda-feira (11) devido à queda no sistema da agência. Gabriele Monteiro foi convocada em um concurso dos Correios e precisa realizar um procedimento para obter um documento, e se mostrou preocupada com a situação. “Pra tentar retirar a senha de acesso do aplicativo para fazer minha carteira digital, estou precisando disso pra hoje que é a última data que tenho pra entregar, para trabalhar nos Correios, dois anos aguardando chamar no concurso público, e vou acabar perdendo se não conseguir hoje”. Ela foi orientada por sindicalistas a tentar atendimento na agência de Valinhos.
Já o segurança João Batista, tenta dar entrada na aposentadoria, e veio de Monte Mor para isso, mas não conseguiu ser atendido. “Vim dar entrada na aposentadoria, mas toda vez que venho está sem sistema, virou uma palhaçada, eu vim de Monte Mor, gasto R$ 12 de condução, perco tempo, dinheiro, e agora vou ter que voltar aqui amanhã, vai ser mais R$ 12 de condução”.
Além da greve do INSS, há também a greve dos médicos peritos do INSS, que compõe uma categoria à parte. Cristiano Machado, Diretor do sindicato que representa os servidores do INSS aqui na região, está em Brasília, onde participa de uma reuniões com a direção do INSS. “Estivemos em duas audiências na semana passada em que foram apresentadas as pautas de reivindicação, e a gente tem a perspectiva que seja aberta uma mesa de negociação, lembrando que não temos data-base para correção salarial, falta servidores, é uma rotina de caos e falta de estrutura no instituto”.
O INSS teve uma mudança na direção na última semana, na quinta-feira Guilherme Serrano assumiu a presidência do instituto, pois José Carlos Oliveira, que ocupava o cargo, se tornou o novo Ministro do Trabalho e Previdência após a saída do então ministro Onyx Lorenzoni, que deixou o cargo para disputar as eleições de outubro.
