A superlotação nas unidades pediátricas em Campinas atinge a rede pública e a fila de crianças à espera de um leito de enfermaria por causa do vírus sincicial e outras doenças respiratórias é diária.
Além da sazonalidade no período de outono e inverno, ainda existe outro problema para o atendimento das crianças. Faltam profissionais de pediatria, que às vezes precisam dobrar os plantões para dar conta do trabalho, segundo Tania Quintella, membro do Departamento de Pediatria da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas. “O número de formandos que opta pela pediatria vem diminuindo ao longo dos anos. Alguns precisaram fazer mais de 36 horas de plantão e ficavam exaustos”, diz.
Para a pediatra, deveria ser feita uma campanha de conscientização para que crianças com sintomas mais leves pudessem fazer tratamento preventivo antes de precisarem de internação. “Deveria se fazer uma campanha com os primeiros cuidados com febre ou asma. Se não conseguisse obter resultado, a mãe iria (ao hospital)”, explica Tania.
Além do vírus sincicial e a asma, Campinas ainda enfrentou no fim do ano passado uma onda de bronquiolite, outra doença respiratória, que na avaliação dos pediatras, fez com que um número maior de casos de síndromes aparecesse nas crianças neste período atual.