A cada cinco dias, um motociclista morre nas ruas e avenidas que cruzam a cidade de Campinas.
De acordo com a Prefeitura, em 2021, foram 69 óbitos, aumento de 44% quando comparado a 2020, ano em que 48 motociclistas morreram.
Os dados revelam ainda que 49% dos motociclistas mortos tinham entre 18 e 29 anos; e 90% eram do sexo masculino.
De acordo com o coordenador do Comitê Científico de Cirurgia do Trauma da Unicamp, Dr. Thiago Calderan, a morte é o fato mais grave que pode acontecer em um acidente de trânsito, no entanto, quem se envolve em um acidente também pode sofrer lesões graves.
“Pode ter desde lesões mais leves, como escoriações, ferimentos cortantes, lesões menores, como lesões mais graves: fraturas, amputações de membros, lesões graves intracranianas ou na parte do tórax. Isso pode gerar uma invalidez, um afastamento temporário de suas atividades ou um afastamento definitivo e, infelizmente, muitos casos podem levar a óbito.”
O entregador Alexandre Alves, 25, diz que já presenciou diversos acidentes e ficou gravemente ferido em um deles.
“Já presenciei bastante e já sofri acidente de trânsito. Foi grave porque eu desloquei o ombro e machuquei a clavícula. Fiquei quase quatro meses sem trabalhar.”
Diante dos dados preocupantes, a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) realizou nesta terça-feira (17) o evento MotoChek-up para conscientizar os motociclistas sobre a importância de prevenir ocorrências no trânsito.
Os condutores aprenderam manobras de primeiros-socorros com os alunos da Liga de Cirurgia do Trauma da Unicamp, receberam material informativo, adesivo refletivo para capacete, antena corta pipa e lâmpada de lanterna traseira.
Além da Liga de Cirurgia do Trauma, a EMDEC (Empresa de Desenvolvimento de Campinas), a Concessionária AB Colinas e a Guarda Municipal também participaram da ação.
