Na volta das reuniões presenciais, a Câmara de Campinas aprovou nesta segunda-feira (9) a proposta do vereador Marcelo Silva (PSD) de tornar facultativo o uso de máscaras nas escolas de Campinas. Ou seja, a medida pode deixar de ser obrigatória, mas para issO o texto precisa ser sancionado pelo prefeito Dário Saadi (Republicanos).
A proposta foi aprovada com 18 votos favoráveis e 10 contrários. A votação foi transferida, e se tornou a primeira da pauta da reunião. O tema polêmico levou ao púlpito mais de uma dezena de vereadores, fazendo com que a discussão e votação levassem cerca de duas horas.
Gustavo Petta (PC do B) discursou contra a proposta, e argumentou que a determinação do uso obrigatório ou não de máscaras deve caber exclusivamente às autoridades sanitárias. “Eu também sou daqueles que acredito que quem tem legitimidade, condição técnica de dizer se esse momento é o correto para essa flexibilização são as autoridades sanitárias do município, por mais que eu seja vereador, que eu estude um pouco o assunto, eu não tenho legitimidade para dizer, que as crianças diante de um ambiente escolar fechado, diante dos números que são colocados, podem ou não ficar sem máscaras”.
Já o autor da proposta, Marcelo Silva, reagiu ao argumento. “Quando não existe coerência na decisão essa casa sim deve ser chamada para atender aos anseios da população, essa é uma casa política, se não pode se falar de ciência não se pode falar de nada aqui, você não entende de mobilidade urbana, de transporte público, vai discutir o que aqui? Vamos fechar a casa e entregar ao poder executivo. Pô, vamos parar de ser hipócrita!”
A proposta foi aprovada com uma emenda do vereador Rodrigo da Farmadic (União Brasil), que torna o uso facultativo apenas para crianças que tiverem tomado duas doses da vacina.
Novo endereço
A volta das reuniões presenciais ocorreu em um endereço novo: o antigo Teatro Bento Quirino, que fica na esquina das ruas Luzitana e Marechal Deodoro, no Centro da cidade. O prédio foi comprado pela Prefeitura de Campinas recentemente, e está cedido temporariamente à Câmara devido às obras que ocorrem na casa legislativa campineira, motivo que já havia levado às últimas sessões a serem realizadas de forma virtual.
Algumas adequações foram feitas no entorno do prédio do teatro, como uma nova sinalização viária, e foram criadas vagas exclusivas para veículos oficiais, de uso dos vereadores. Alguns ajustes técnicos ainda se fazem necessários, pois a sessão foi suspensa em alguns momentos devido à queda do sinal de transmissão via internet.
Vereadores como Paulo Gaspar (Novo) e Luiz Cirillo (PSDB) discursaram no início da sessão, pedindo a mudança das atividades da Câmara para o Palácio da Justiça, também no Centro da cidade, local que já abrigou o legislativo campineiro entre 1948 e 1970. O presidente da casa, vereador Zé Carlos (PSB), revelou que tratativas para isso foram feitas, porém, não foi possível concretizar a mudança para o local.
