Em uma sessão tumultuada, a Câmara de Campinas se reuniu na noite de segunda-feira (24) no Teatro Bento Quirino, no Centro de Campinas, com a presença de público. Entre os itens da pauta houve o projeto de autoria do vereador Nelson Hossri (PSD), de proibir a exigência de apresentação do Comprovante de Vacinação contra a covid-19 para acesso em locais públicos e privados.
Hossri argumentou o motivo de ter apresentado a proposta. “Não conseguir entrar em espaço público e particular por conta da exigência do passaporte sanitário, que não deixa de ser uma obrigatoriedade para que as pessoas tomem uma vacina que é experimental, dito isso pela OMS e pela Anvisa”. Mas, ao contrário do que argumentou Hossri, tanto a OMS quanto a Anvisa se pronunciaram ainda no ano passado ressaltando que as vacinas contra a covid não são experimentais. Uma vacina é considerada experimental somente quando o uso se dá exclusivamente em estudos clínicos, e, segundo comunicado da Anvisa, as vacinas atuais contra a covid-19 já passaram da fase três de pesquisa, tendo encerrado a fase de experimentos.
A proposta de Hossri foi rejeitada pela Comissão de Constituição e Legalidade. Quem anunciou a rejeição ao vereador Luiz Rossini (PV), que presidiu a sessão, foi a vereadora Guida Calixto (PT), indicada pela comissão como relatora. Com a rejeição, a proposta foi arquivada. Hossri criticou a comissão e os demais vereadores por barrarem o projeto na comissão. “Mais uma vez essa casa aqui cai em descrédito com a população, um projeto com parecer favoravel da comissão de estudos, chega na legalidade e tem voto contrário, ou seja, não dá pra entender o que acontece nessa casa”.
Vereadores aliados de Hossri, como Marcelo Silva (PSD) e Major Jaime (PP) também criticaram a rejeição. Os demais vereadores, tanto da oposição quanto da base governista, sequer solicitaram tempo para argumentar contra a proposta de Hossri, e a sessão seguiu para votação do projeto seguinte.
