Os atos de vandalismo como furtos de tampas de bueiros e de fiação elétrica e depredação de monumentos históricos causam prejuízo milionário, de acordo com o secretário de Serviços Públicos de Campinas, Ernesto Paulella.
“Nós estimamos um prejuízo para os cofres públicos de alguma coisa em torno de R$ 2 milhões no ano.”
Para a aposentada Leonilda de Oliveira, investir em manutenção não tem resolvido o problema.
“Eu não vejo nada arrumado aqui. Tem hora que dá vontade de não votar em mais ninguém porque você não vê resultado. É que está naquela situação terrível de moradores, né? Tem muita gente que conserva e tem gente que não.”
O cozinheiro Júlio dos Reis diz não entender a motivação de quem causa danos ao patrimônio público e que os R$ 2 milhões de reais poderiam ser melhor investidos se não houvesse vandalismo.
“Eu acho que uma coisa sem explicação. Acho ridículo destruir uma coisa que é para a gente mesmo. [O dinheiro] poderia ser investido na educação e na saúde.”
De acordo com o secretário Ernesto Paulella, todas as ações de vandalismo são informadas à Secretaria de Segurança Pública para que a pasta possa intensificar as rondas nos locais mais atingidos.
Ele afirma, no entanto, que a raiz do problema é a falta de políticas públicas de combate às drogas, uma vez que os furtos são feitos por pessoas que estão atrás de dinheiro para comprar entorpecentes.
“Nós temos constantemente o furto de fiação elétrica do túnel Joá Penteado e todo mundo sabe que essa renda será utilizada para o consumo de droga. Fica aqui um apelo para que as autoridades, em especial, as autoridades federais precisam pensar em uma política pública de enfrentamento desse problema.”
Na última semana, um grupo de vândalos invadiu um ecoponto no Jardim Eulina e provocou um incêndio. O fogo atingiu três contêineres da Cooperativa Bom Sucesso. O prejuízo para a instituição está avaliado em cerca de R$ 60 mil. O incêndio também atingiu parte da estrutura de alvenaria do local.
