Sustentabilidade é a tendência que impulsiona as vendas nos brechós de Campinas.
A gerente financeira Lúcia Oliveira é cliente de um brechó localizado no centro da cidade. Ela conta que gosta de garimpar para encontrar peças exclusivas e contribuir com o consumo consciente.
“Moda diferenciada, tem o apelo de você não estar comprando algo novo, algo que poderia estar sendo descartado, e você encontra peças únicas. Então eu gosto de garimpar bastante.”
Malu Pimenta é dona de um brechó que recebe cerca de 100 pessoas por semana. De acordo com ela, os clientes buscam alternativas para economizar e para não contribuir com os impactos da indústria têxtil no meio ambiente.
“A necessidade aliada à economia porque as pessoas estão precisando de forma alternativas para poder se vestir, usufruir da moda, porque o dinheiro está escasso. Mas a grande coisa, eu acho, é a conscientização das pessoas de que a indústria da moda é uma indústria muito poluente.”
De acordo com o relatório Fios da Moda, primeiro levantamento sobre os impactos da indústria têxtil nacional, a cada dia, toneladas de lixo são jogadas em aterros sanitários.
O levantamento apontou que as perdas nas várias fases de fabricação de camisetas estão na ordem de 50% para o algodão, 31% para a poliamida e 29% para o poliéster.
A consciência ambiental também impulsiona a economia nacional. De acordo com o Sebrae, os estabelecimentos que comercializam produtos de segunda mão cresceram 48,58% em 2021.
