O volume de exportações na Região Metropolitana de Campinas cresceu 32,37% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. As importações também registraram aumento, de 24,36%. Apesar de altos, os índices ainda representam saldo negativo para a região, segundo levantamento do Observatório PUC-Campinas.
Foram arrecadados com as exportações US$ 498 milhões, e os gastos com importações foram de US$ 1,28 bilhão.
Mas para o economista Paulo Ricardo da Silva Oliveira, responsável pela pesquisa, o número ainda indica reação da economia regional, mesmo comparado ao período de recessão enfrentado em abril do ano passado. “Esse crescimento ao mesmo tempo significa melhora, gera emprego, mas reflete os números ruins do ano passado”, explica.
O professor de Economia explica que o déficit regional foi impulsionado pela inflação, pois com o valor do dólar, os produtos importados ficam mais caros para a indústria da RMC. “Houve aumento de 15%, somado a outro aumento de 2021 para 2021. Esse resultado acaba afetando o valor das importações”, diz Oliveira.
Para os próximos meses, a perspectiva do Observatório PUC-Campinas é de que o saldo continue negativo, com maior volume de importações, porém com crescimento nas vendas para o mercado internacional em relação a 2021.
Argentina e Estados Unidos, os países que mais compram da RMC, tiveram aumento no número de negócios. Ao mesmo tempo, os lockdowns na China, maior vendedor para a região, preocupam as indústrias.