Durante o lançamento do Movimento Maio Amarelo, no Salão Vermelho da Prefeitura de Campinas, nesta segunda-feira, a administração municipal divulgou que em 2021 houve um aumento de 16% nas mortes de trânsito na cidade. Foram 151 mortes em 2021, enquanto em 2020 foram 130. No levantamento deste ano foram consideradas também as rodovias que cortam Campinas.
Os motociclistas foram as maiores vítimas em 2021. Na média geral, houve uma morte no trânsito de Campinas a cada 1 dia e meio. O presidente da Emdec, Vinicius Riverete, atribuiu o aumento nos números ao crescimento das mortes de motociclistas. “Em Campinas, um motociclista foi à óbito a cada cinco dias no trânsito, enquanto um pedestre morreu a cada 9 dias e entre os ciclistas, houve uma vítima fatal a cada 23 dias”. Nos demais veículos, a estatística foi de uma morte a cada 12 dias.
A Administração municipal informou que as empresas de aplicativo de entrega são convidadas a participar e colaborar com iniciativas de proteção aos motociclistas no trânsito. No entanto, o prefeito de Campinas, Dário Saadi, alega que a principal causa de acidentes é a embriaguez ao volante e o excesso de velocidade. “Eles são responsáveis por 44% dos sinistros de trânsito registrados em Campinas em 2021”.
Foi apresentado um balanço das vítimas fatais em rodovias de 2019 a 2021. A rodovia Anhanguera teve 43 vítimas fatais neste período, a Rodovia dos Bandeirante, 42, Santos Dumont, 40 e D. pedro I, 35. No caso das avenidas, neste mesmo período, foram 23 na John Boyd Dunlop, 11 nas Avenida das Amoreiras, 10 da Ruy Rodriguez, 6 na Prestes Maia e também 6 na Avenida Presidente Juscelino. Os homens representam 88,1% , e a grande maioria das mortes ocorreu em pessoas entre 18 e 59 anos.
O movimento Maio Amarelo tem o desafio de apresentar soluções para reverter o problema e vai contar com abordagens educativas, passeio ciclístico, prêmio Boas Práticas de mobilidade, aberto a toda a sociedade e uma websérie, com a instalação de QR Codes em locais estratégicos da cidade onde pelo celular é possível ouvir relatos de agentes da mobilidade sobre a rotina de resgates. A iniciativa está sendo realizada em parceria com a Bloomberg Philanthropies, entidade americana sem fins lucrativos que apoia governos de todo o mundo na implantação de ações para reduzir mortes no trânsito.