O estudante que foi levado ao hospital desacordado após uma briga generalizada na Escola Estadual Francisco Glicério, no Centro de Campinas, recebeu alta médica do Hospital Mário Gatti ainda na tarde de quinta-feira (27), segundo a Secretaria Municipal de Saúde. Na manhã desta sexta-feira (28) estudantes da unidade de ensino realizaram um protesto em frente ao prédio da escola devido aos fatos ocorridos.
A confusão aconteceu no período da manhã, e teria começado após um estudante tentar passar a mão nas partes íntimas de uma outra aluna. A jovem chegou a denunciar o ato para a direção, mas, por conta de uma suposta falta de atitude dos diretores, os amigos da vítima decidiram tentar agredir o estudante acusado de importunação sexual.
A Polícia Militar foi acionada, e os policiais fizeram uma barreira para que o aluno acusado pudesse deixar o local. Apesar disso, outros estudantes ainda tentaram furar o bloqueio para agredir o adolescente. Foi neste momento que um estudante foi imobilizado pelos policiais, e acabou sendo colocado no chão desacordado. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Mário Gatti.
Posteriormente, na hora do intervalo, outros estudantes se envolveram em um novo conflito generalizado, e dois estudantes precisaram de atendimento médico. Os responsáveis foram chamados para acolhimento e esclarecimentos dos fatos, e a escola colocou à disposição dos estudantes o atendimento pelo Programa Psicólogos na Educação, se autorizado por seus responsáveis.
Em nota, a Polícia Militar informou que foi acionada para atender a uma ocorrência de assédio. Segundo a corporação, foi preciso conter os estudantes, que estavam alterados. Um aluno e um policial tiveram lesões leves e foram encaminhados para hospitais da região. O caso está sendo registrado na Delegacia de Polícia da Infância e da Juventude (DIJ) de Campinas.
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou, em nota, que o desentendimento inicial entre dois estudantes foi mediado pela direção da unidade, com a presença do responsável pela aluna. Segundo a pasta, houve entendimento entre as partes, e os dois estudantes voltaram normalmente para as aulas. A secretaria afirmou repudiar todo e qualquer tipo de violência dentro e fora das escolas.
