A falta de chuva no mês de Maio em Campinas acompanhou a tendência que tem se verificado durante todo o ano de 2022, com menos precipitações que em 2021. Durante o acumulado do ano, apenas o mês de Janeiro superou 2021 em volume de chuvas. Maio deste ano registrou um volume bem menor de chuvas do que a média histórica, com 39mm. A média para o mês e de 60,5mm
Esta condição de tempo seco na Região não é de agora e a explicação da meteorologista, Ana Ávila, pesquisadora do Cepagri da Unicamp, é a prevalência nos últimos anos do La Niña, que ao contrário do El Niño, provoca seca no sudeste. Já as temperaturas têm se mantido dentro da média para o período, apesar de ter chegado antes do previsto, com uma frente fria intensa na primeira quinzena de Maio.
Ana Ávila explica que, para o mês de junho, a expectativa sempre é de que ocorra um menor volume de chuvas, com média esperada de 45,4mm. De acordo com a pesquisadora, não é possível afirmar que essas mudanças climáticas, com a seca no sudeste do país e eventos extremos de chuvas no nordeste sejam consequência do aquecimento global. No entanto, ela lembra que uma atmosfera mais quente, com maior concentração de calor, é de fato responsável por eventos climáticos extremos, com chuvas intensas num curto espaço de tempo, que causam desastres climáticos.