A construção do novo camelódromo de Campinas segue sem previsão de início.
O Sindipeic (Sindicato dos Empreendedores Individuais de Ponto Fixo Público e Móvel de Campinas) afirma que precisa remover a estrutura de ferro e telhas de fibrocimento que servia como garagem de locomotivas no Complexo Ferroviário.
O problema é que o galpão é patrimônio histórico municipal.
O vice-presidente do sindicato, vereador Carlinhos Camelô (PSB), afirma que a entidade não tinha conhecimento da condição especial da estrutura quando apresentou o primeiro projeto do Shopping Popular em 2020.
De acordo com ele, se o Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas) não autorizar a remoção da estrutura, o novo camelódromo vai perder 600 dos 1687 boxes previstos no projeto inicial.
“É difícil a gente usar aquela estrutura porque inviabiliza o projeto. A gente não consegue fazer o shopping da forma que a gente quer fazer, com espaço que coloque toda a nossa categoria. Então, fazer um projeto onde coloque metade da nossa categoria ou um pouco mais da metade não resolve o problema.”
Na última quinta-feira (26), o Sindipeic apresentou o projeto final do Shopping Popular ao Conselho do Patrimônio Cultural de Campinas e sugeriu reconstruir o barracão em outro ponto do Complexo Ferroviário ou usar as ferragens na obra do empreendimento comercial.
De acordo com o sindicato, as negociações devem ser concluídas em nova reunião que ainda não tem data definida.
Procurada pela reportagem, a secretária de Cultura e Turismo e presidente do Condepacc, Alexandra Caprioli, afirmou, em nota, que o Conselho entende que o projeto do shopping dos camelôs é um desejo do sindicato, mas que o projeto foi apenas apresentado na reunião e não foi apreciado nem discutido pelos membros do Conselho.
A nota afirma ainda que o Condepacc vai se manifestar sobre o assunto quando retomar a pauta.
