O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Publico de São Paulo realizou nesta quarta-feira (22) uma operação conta a lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar. A Operação “Noteiro” teve cumprimento de 76 mandados em 13 cidades de diferentes regiões do estado, incluindo a região de Campinas. Ao todo a investigação tem 33 pessoas investigadas. Não foram expedidos mandados de prisão. O esquema movimentou, ao menos, R$ 170 milhões em cinco anos.
Em Campinas foram cumpridos nove mandados de busca a apreensão, com apoio do BAEP da Polícia Militar, em endereços nos bairros Santa Cândida, Pq. Brasília, Pq. Via Norte e Swiss Park. Houve também o cumprimento de outros dois mandados em Itatiba, e um em Piracicaba, um São Pedro e um em Itupeva.
Foram apreendidos documentos, celulares, e dinheiro. A quantia ainda será contabilizada. Todo material apreendido na região foi levado para a sede do Ministério Público, em Campinas, e posteriormente seria encaminhado ao núcleo de Franca (SP) do Gaeco do MP, que coordenou a operação.
O Esquema
O esquema era baseado em empresas formais que, ao realizarem negócios entre elas e emitirem documentos fiscais referentes às transações, acobertaram movimentação financeira de R$ 170 milhões no período entre janeiro de 2017 e dezembro de 2021. Essa quantia foi absorvida por supostas atividades de venda de noteiros (validadores de cédulas), com o dinheiro sendo lavado em empresas de veículos e construtoras, dentre outras.
Participam da operação 24 promotores de Justiça, 33 servidores do Ministério Público, 40 auditores Fiscais, 8 delegados, 95 policiais civis e 156 policiais militares em todo o estado.
*Atualizado às 12h35
