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Polícia Civil: homem que atacou ônibus em Piracicaba não tem distúrbios psicológicos

Foto: Redes Sociais

Uma semana depois do crime que chocou Piracicaba, a Polícia Civil tem mais forte a hipótese de que José Antônio Santana Filho, de 52 anos, que atacou seis passageiros a facadas dentro de um ônibus da linha 444, não agiu por surto psicótico.

Segundo o diretor do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 9, Kleber Altale, a apuração, que é comandada pela Divisão Especializada em Investigações Criminais, Deic, não encontrou nenhum registro de tratamento psiquiátrico ou psicológico em qualquer unidade de saúde da cidade e nos municípios vizinhos.

“Nós ouvimos duas pessoas que alugaram casas para ele em anos anteriores. O relato é de que ele era uma pessoa sozinha, que tinha problemas renais — inclusive é aposentado por causa disso, mas sem nenhum histórico de distúrbios psicológicos”, disse.

A Polícia Civil conseguiu traçar parte do caminho feito pelo homem no dia do crime. José Antônio saiu do Terminal Vila Sônia às 10h30 para ir ao Centro, sem nada nas mãos, às 14h50, no Terminal Central de Integração, ele vem com uma sacola na mão, comprada em algum local no centro.

Às 15h15, quando o veículo da linha 444 saiu do terminal, pela Avenida Armando Salles de Oliveira, ele se levantou do banco do fundo e começou deliberadamente a atacar os passageiros. Seis pessoas foram atingidas.

Morreram no ataque a funcionária do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, Roseli Machado, de 55 anos. Ela teria se colocado na frente de outros passageiros para que o ataque não fosse ainda maior, e chegou a sair do coletivo, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na calçada.

Adriana da Silva, de 42 anos, também se colocou à frente da mãe, de 60 anos, mas não resistiu aos ferimentos ainda dentro do coletivo. A mãe também foi atingida, ficou internada por quatro dias, mas já teve alta.

A terceira vítima fatal foi Valdemar da Silva Venâncio, de 62 anos, que foi um dos primeiros a ser atingido.

Segundo Kleber Altale, o homem vivia sozinho e, tirando a passagem por porte ilegal de arma em 2001, nunca teve outro registro criminal.

“Não há registro de visitas, e não conseguimos encontrar nenhum familiar dele”, acrescenta.

O inquérito está praticamente finalizado. Ainda que o motivo do crime não tenha sido divulgado, o que foi apurado será encaminhado ao Ministério Público para formalização da denúncia até esta quinta-feira.

Nesta terça-feira, um ato que foi promovido pela própria empresa de ônibus, o ponto da Avenida Armando Salles de Oliveira foi adesivado com mensagens de paz. Os ônibus que passam naquela região tiveram, nos painéis eletrônicos, a mensagem “Paz” colocada, intercalando com o destino das linhas.

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