O reaquecimento do mercado de trabalho na região é motivo de alívio para muitas pessoas que buscam por uma oportunidade de emprego, mas expõe outro problema: a falta de mão de obra qualificada para preencher as vagas.
De acordo com o especialista em Recursos Humanos Marcos Tonin, as empresas querem contratar profissionais com formação técnica.
“A maior parte dessas posições que nós vemos no mercado de trabalho hoje são direcionadas e serão preenchidas por profissionais que tenham a formação técnica. O ensino do curso técnico é muito mais voltado para o mercado de trabalho. É importante dizer que ele ensina a exercer uma função específica e necessária no mercado da região.”
A estudante Karolina Ferreira foi a uma feira de empregos em busca de uma vaga na área da saúde e sabe que vai precisar de qualificação para alcançar o objetivo.
“Porque é uma área que eu me identifico, que eu gostei, paga bem, tem bastante vagas e eu conheço pessoas que trabalham na área e vão poder me ajudar.”
Diretor de um colégio de ensino técnico em Campinas, Josemar Leite afirma que a procura por estudantes da área da saúde é grande.
“A gente tem um índice de encaminhamento para o mercado de trabalho de mais de 70% dos nossos alunos. A área da saúde, com os cursos técnicos de enfermagem e radiologia, tem uma demanda alta para trabalhar em hospitais, clínicas, casas de repouso.”
De acordo com um balanço do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Campinas registrou um saldo positivo de 2.182 vagas de emprego com carteira assinada durante o mês de abril: foram 18.195 admissões e 16.013 desligamentos durante o período, o que representa uma variação de 0,56%.
O levantamento do governo federal ainda aponta que o setor de serviços apresentou o melhor desempenho pelo segundo mês consecutivo em Campinas, com 1.352 oportunidades.