O mercado de bicicletas convencionais e elétricas cresceu durante a pandemia de Covid-19. Agora os preços dos combustíveis mantém o setor em alta.
O empresário Moisés Pires tem um estabelecimento de venda e conserto de bicicletas no Jardim Chapadão, em Campinas.
Ele afirma que a procura por serviços de manutenção dobrou no último ano e passou de 05 para 10 atendimentos semanais, em média.
Entre os serviços mais comuns estão: alinhamento de rodas, troca de pastilha de freio e substituição de corrente.
Segundo Pires, a procura por produtos contra roubo de bicicletas também aumentou.
“Tem saído bastante cadeado com segredo, com trava, já procuraram aquele rastreador para instalar na bicicleta. Já cheguei a vender bicicleta e o cliente pediu para eu emitir a nota fiscal para ele vir na loja retirar a bicicleta com o seguro. O pessoal está procurando colocar no seguro antes de retirar da loja, pois a criminalidade cresce.”
Um levantamento da AliançaBike, associação que representa o setor, aponta que a busca por seguros cresceu 43% na região de Campinas na comparação entre 2021 e 2019.
De acordo com o especialista em seguros Walmando Fernandes, os contratos cobrem desde roubo até acidentes pessoais.
“Há várias opções de planos como: cobertura de queda, tentativa de roubo, incêndio, acidente pessoal. Outro tipo de cobertura é o dano ocorrido pelo transporte da bike, danos na tentativa de roubo, danos causados por curto-circuito em baterias de bike elétrica. Também há cobertura internacional que estende a cobertura válida no Brasil para fora do país. Então são várias opções de cobertura para diferentes perfis de clientes.”
O aumento do uso de bicicletas também impacta as estatísticas de acidentes de trânsito.
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet) mostra que, no ano passado, o número de ciclistas vítimas de acidentes que provocaram hospitalizações por ao menos 24 horas cresceu 22% no país na comparação com 2019.