Quem faz refeições em bares e restaurantes cria alguns critérios para decidir o cardápio.
A monitora de alunos Maria de Fátima afirma que faz a escolha de acordo com a temperatura do dia.
“Quando está frio eu gosto de comer feijoada. No calor eu prefiro peixe, arroz, feijão, legumes e salada. No calor a gente tem que maneirar, né?”
O coordenador de feira Marco Jeremias discorda. Para ele, não existe tempo ruim quando o assunto é o cardápio do almoço.
“Pastel, yakissoba, um aperitivo, uma caipirinha, tem acarajé também… comida baiana fortalece.. e no final a gente come um docinho. Calor ou frio… não tem problema.”
De acordo com proprietários de bares e restaurantes que a reportagem ouviu, a maioria dos clientes não é tão resiliente.
Proprietário de um bar em Campinas, Dino Ramos conta que as vendas de alimentos mais calóricos, como caldos e vinhos, caíram neste inverno devido às altas temperaturas.
“Os pratos típicos da estação ficaram encalhados. Sempre fazemos uma carta de drinks especiais, com mais álcool, e a venda foi um fiasco. Trabalhamos nesse inverno muito parecido com o verão, tanto que o aumento em cerveja foi de 30% em relação ao inverno do ano passado.”
Dono de um restaurante em Campinas, Silvio Bigon afirma que muda o cardápio de acordo com a previsão do tempo.
“Nos dias frios nós oferecemos risoto, lasanha, carnes com molhos, essas coisas que dão aquele ‘agasalhamento’, por causa das altas temperaturas. Como teve nesses últimos dias temperaturas bem altas, incentivamos comidas mais leves como folhas, saladas, vegetais, são muito leves e indicadas para as altas temperaturas.”
Dados do Cepagri da Unicamp apontam que o mês de julho está 5 graus acima da média para o período e já é o mais quente dos últimos 31 anos.
