Disparada nos preços dos alimentos muda hábito do consumidor de Campinas

Foto: Valéria Hein

Com inflação a 11,89% nos últimos 12 meses, fazer compras se tornou um grande desafio. Até para comprar uma batata é preciso fazer contas. O produto está sendo comercializado nas feiras livres com preços em torno dos R$ 8, o quilo.

O tomate virou gastronomia de luxo, custando em torno de R$ 9 a R$ 1o, o quilo, nas feiras livres. O alface, uma das hortaliças preferidas do consumidor, está R$ 7. Com isso, quem  faz o cálculo, acaba comprando bem menos. Os feirantes alegam que o preço das frutas, verduras e legumes no atacado subiu na Ceasa cerca de 3o% no último ano.

No setor supermercadista, Amílcar Pavan, gerente de marketing de uma rede de supermercados, afirma que a constante alta nos preços tem causado uma mudança de hábito no consumidor. “O consumidor passou a abrir mão das marcas que já estava acostumado por opções mais baratas”.

No caso das feiras livres, essa mudança de hábito está impactando até na qualidade de vida do consumidor. Mariana Leite, frequentadora de uma feira no Jardim Santa Genebra, reduziu o consumo de vegetais orgânicos, que por terem mais qualidade, são mais caros. “Foi a forma que encontrei para continuar levando a mesma quantidade de itens, sem gastar quase o dobro em relação ao ano passado”.

Nem o pastel de feira conseguiu escapar do reflexo da inflação. A alta no preço da matéria prima, como o tomate, por exemplo, usado para fazer vinagrete, contribuiu para impactar no preço do produto. Os comerciantes do produto relatam terem tentado manter o preço o máximo possível, mas houve um aumento de pelo menos R$ 1 nos últimos meses, passando de R$ 5 para valores entre R$ 6 e R$ 7,50, a unidade.

Na comparação com o ano passado, pesquisas de mercado apontam alguns exemplos do reflexo da inflação. A batata teve alta de 148%, a banana prata, 25% e o tomate,  86%.

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