A Polícia Federal faz nesta terça-feira a segunda fase da Operação Lotter, que investiga a quadrilha especializada em desvio do Auxílio Emergencial.
São cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Paulínia e um em Tatuí, na região de Sorocaba.
A investigação apontou que a quadrilha usa programas de computador para invadir a conta de beneficiários, e, assim, poder transferir o dinheiro para as contas dos criminosos.
Essa transferência era feita por meio de boletos gerados em sistema de pagamentos ou por meio de transferências eletrônicas.
A primeira fase da operação aconteceu em 2021, quando foram cumpridos 8 mandados de busca e apreensão (6 em Paulínia e 2 em Sumaré) e um mandado de prisão temporária (em Paulínia).
Segundo a Polícia Federal, a partir da análise do material apreendido na primeira fase foi possível reunir provas de que os novos e atuais investigados nessa segunda fase também teriam participado do desvio.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato, falsidade ideológica e formação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a quase 30 anos de prisão.
O nome da operação decorre do modo eletrônico utilizado pelos criminosos para fraudar as contas, já que Lotter se refere a usuários que se utilizam da internet para enganar os outros, aproveitando-se da boa-fé ou fragilidade de terceiros.
