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Protesto da saúde pede reajuste salarial de 11,90% e combate a assédios

Foto: Celina Silveira

O Sinsaúde, sindicato que representa profissionais de enfermagem e de outras áreas que prestam serviços nas redes de saúde, exceto os médicos, realizou um protesto no centro de Campinas na tarde desta quinta-feira (07).

As reivindicações são: reajuste salarial de 11,90%, cesta básica com vale gás, auxílio-creche, participação nos resultados dos empregadores e criação de um programa para combater casos de assédio moral e sexual, que, segundo o sindicato, levaram a  20 denúncias ao Ministério Público do Trabalho desde o início do ano.

Segundo a vice-presidente do Sinsaúde, Juliana Machado, a falta de resposta por parte das instituições contratantes motivou o protesto.  

“Estamos tendo certa dificuldade no retorno das empresas, na condição de propostas para reajuste salarial e nos pleitos que estamos solicitando. Dado o não retorno dos hospitais no gerenciamento de ofícios, de propostas, a gente organizou essa mobilização para chamar atenção da sociedade nas nossas demandas como trabalhadores.”

Para a enfermeira Rosania Clemente, a categoria reivindica o que é de direito. 

“A gente trabalhou muito na pandemia, estamos passando por ela agora, ainda não acabou, então a gente continua batalhando e estamos batalhando pelos nossos direitos. Eu acho que não estamos reivindicando nada a mais do que a gente merece. A gente é uma classe grande, eu acho que a gente é bem unido para correr atrás do que a gente precisa.”

A reportagem da CBN Campinas acompanhou o protesto desde o ponto inicial, no Largo do Rosário, até o final, no Largo do Pará.

Durante o trajeto, que passou por diversas ruas do Centro, chamou atenção a grande quantidade de jovens dentro do movimento. A maioria não quis gravar entrevista e não soube dizer onde trabalha.

A copeira Edvania Ferreira chegou a dizer que estuda enfermagem, mas depois assumiu que não trabalha na área da saúde.

“Sou estudante…de enfermagem… somos contratadas. A gente tem uma pessoa que trabalha dentro do sindicato que indica a gente para vir ajudar.”

Questionada, a presidente do Sinsaúde, Sofia Rodrigues, confirmou que o sindicato convocou pessoas que não são da área da saúde, mas disse que elas não receberam dinheiro para comparecer ao protesto.

“Sim, chamamos. São pessoas que vem contribuir com o sindicato. Eles têm um lanchinho, não são remunerados.”

De acordo com o Sinsaúde, a área da Enfermagem aguarda pela sanção presidencial do PL 2564/2020, que cria o Piso Nacional da Enfermagem. O PL cria um piso de R$ 4.750 para Enfermeiros, de R$ 3.325 para Técnicos e de R$ 2.375 para Auxiliares e Parteiras.

Para o sindicato, o governo enrola a categoria para não mostrar a falta de vontade política para aprovação.

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