Sempre que chove um pouco, volta a preocupação com a dengue em Campinas, por causa da possibilidade de aumento de criadouros. A quantidade de casos é preocupante na cidade. Neste ano, quatro pessoas morreram em Campinas em decorrência da doença. As mortes aconteceram entre 5 e 30 de abril.
A secretaria de Saúde de Campinas disse que deve divulgar novos dados nas próximas semanas. Mas, os dados mais recentes, de 1º de janeiro e 7 de julho apontam 9.865 casos de dengue e nove confirmações de chikungunya. A região com maior incidência é a noroeste, com 1.209 infectados a cada 100 mil habitantes.
Os bairros que estão em alerta em Campinas são Vila Costa e Silva, Jardim Rossin, Jardim Cristina, Jardim Ouro Verde, Vila Aeroporto, Jardim Fernanda II, Jardim Itaguaçu I, Parque Industrial e Swiss Park. No Vila Costa e Silva, próximo ao Tapetão, que está no topo da relação, os moradores atribuem o problema a um imóvel abandonado.
O morador da Vila Costa e Silva e representante de bairro, Nel Fonseca, suspeita que dentro do clube haja acúmulo de água nas piscinas abandonadas. “O antigo clube da Cohab, que funcionava num terreno da prefeitura, foi vendido e agora é um terreno particular, que está trancado, juntando entulho e sujeira”.
Carina Luna, moradora da Vila Costa e Silva, está entre os moradores que já tiveram a doença no bairro. Ela afirma que a volta das chuvas gera preocupação por causa dos criadouros no bairro, entre eles, ela também cita o imóvel abandonado. “Eu já tive dengue e depois um dos meus filhos também teve”.
A Prefeitura informou que uma equipe do Devisa vai fazer uma ação no local. No entanto, os técnicos esclarecem que em geral locais não habitados servem pouco para a proliferação do mosquito do gênero Aedes, pois eles precisam do sangue humano para crescer. Então, a preferência é por criadouros no domicílio ou no entorno. As piscinas abandonadas também não são bons criadouros para estes mosquitos, uma vez que são locais com água suja e com matéria orgânica.