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Unidade de oncologia do Mário Gatti é reaberta após ampliação

Foto: Guilherme Pierangeli

A unidade de assistência de alta complexidade em oncologia da Rede Mário Gatti volta a funcionar nesta quinta-feira (1), e um evento na véspera marcou a retomada das atividades após a reforma e ampliação do local.

O prefeito de Campinas, Dário Saadi, afirma que a ampliação representa um salto tanto de qualidade quanto de quantidade. “Houve a ampliação para o dobro da capacidade de 900 m² para quase 2.000 m², a capacidade de atendimento era de 380 pacientes por semana e agora vai para 1.180, e as instalações ficaram modernas, comparada com os melhores centros de oncologia do país”.

O Presidente da Rede Mário Gatti, Sergio Bisogni, deu detalhes sobre a estrutura do local e explicou que a princípio o local não terá radioterapia. “Começamos com a quimioterapia, passaremos de 48 horas de atendimento por semana para 144 horas, com isso queremos passar de 380 para 1.150 consultas por semana, temos 11 consultórios e seis salas de especialidades”.

A reabertura da unidade é importante em um contexto no qual o país vive uma diminuição considerável de testagens e cirurgias de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), entre janeiro de 2020 e junho de 2022 quase 54 mil cirurgias oncológicas deixaram de ser realizadas no SUS. Esse número é relativo à um comparativo com 2019, último ano sem a pandemia de covid-19.

A entidade destaca que não houve redução do número de casos de câncer, e sim, um represamento das cirurgias. Além disso, parte dos procedimentos realizados chegaram a uma fase mais avançada, com pacientes desenvolvendo tumores maiores e mais agressivos. Ou seja, sem o devido tratamento precoce.

O Secretário Municipal de Saúde de Campinas, Lair Zambon, não citou dados específicos sobre o represamento de atendimentos oncológicos na cidade, mas disse se tratar de algo que ocorre também com outras patologias devido à pandemia. “Do ponto de vista de represamento da pandemia no oftalmo tá praticamente vencido, uma das coisas que falta em Campinas é que a cidade faz muita interface com municípios em volta, as listas se sobrepõe, mas estamos fazendo todos os esforços, a fila começa a andar em todos setores da saúde e em oncologia não é diferente”.

Segundo dados da revista científica The Lancet, a demanda de cirurgias oncológicas no mundo deve aumentar em 52% até 2040.

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