A região de Campinas registrou queda nas vendas e aumento nas locações de imóveis residenciais no mês de julho no comparativo com o mês anterior. Segundo uma pesquisa do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP) realizada com 113 imobiliárias da região, as vendas de casas e apartamentos caíram 11,2% na região, enquanto as locações cresceram 22,1%.
Dos sete meses do ano, em apenas em dois houve aumento nas vendas em relação ao mês anterior. Apesar dos números negativos, o presidente do CreciSP, José Augusto Viana Neto, afirma não haver motivo para preocupação. “Não traz nenhuma preocupação a queda nas vendas, acreditamos que o grande problema seja o financiamento imobiliário que está retraído devido às altas taxas de juros”. Já as locações tiveram o terceiro mês de alta no ano, após quatro consecutivos de queda. Em junho houve a queda mais acentuada: redução de 62% nas novas locações.
Dentre as vendas concretizadas, 65,7% foram de casas e 34,2% foram de apartamentos. Nas locações a disparidade entre casas e apartamentos é ainda maior: 73,5% dos novos contratos são para casas, e 26,4% para apartamentos. “A preferência por casas se deu ao longo da pandemia, o home-office, é o que tem acontecido ao longo dos últimos 20 meses, uma explicita preferência por casas, o investimento em casas para locação acaba sendo mais interessante que apartamentos”, explica Viana Neto.
Em relação às casas vendidas, as de dois e três dormitórios empatam como as mais negociadas, com 45%. Nos apartamentos, os de dois dormitórios foram os mais negociados, com 66%. Nas locações, 53% das casas foram de três quartos, enquanto nos apartamentos 75% foram de dois dormitórios.