Campinas tem 4,2 mil pacientes na fila de espera por cirurgia

Foto: Arquivo/CBN Campinas

A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar tem atualmente 4.295 pacientes à espera por cirurgias eletivas, sendo 2.941 no Hospital Mário Gatti e 1.354 no Complexo Hospitalar do Ouro Verde.

De acordo com a prefeitura, essa espera é dinâmica, porque ao mesmo tempo em que pacientes saem da lista com a realização da cirurgia, outros ingressam. 

A administração aponta a pandemia como um dos fatores para a fila. As cirurgias eletivas não chegaram a ser suspensas nos dois hospitais, mas foram adiadas e priorizadas as oncológicas e aquelas inadiáveis, onde a não realização pode causar dano permanente ao paciente.

Para reduzir a fila, o Mário Gatti vem programando ações para utilizar o centro cirúrgico nos finais de semana e feriados. Em abril, foram realizadas 20 cirurgias na área de proctologia; em agosto, foram 22 cirurgias pediátricas e outras 18 ocorrerão no feriado de 7 de setembro. Também está programada uma força-tarefa para outubro, na área de cirurgia plástica.

Com isso, a Rede Mário Gatti ampliou em 90% o número de cirurgias eletivas na comparação com 2021. Entre janeiro e agosto deste ano foram realizados 7.255 procedimentos e, no mesmo período do ano passado, 3.829. 

O Hospital Municipal Dr. Mário Gatti realizou 1.301 cirurgias eletivas nos primeiros oito meses do ano passado e 2.859 este ano, um aumento de 120%. No Complexo Hospitalar Prefeito Edivaldo Orsi (Hospital Ouro Verde) foram 2.528 em 2021 e até agosto deste ano, 4.396, um aumento de 74%. 

A maior produção ocorre no Ouro Verde porque o hospital tem mais salas cirúrgicas (são 11 e sete no Mário Gatti) e por realizar volume significativo de procedimentos no sistema hospital-dia, onde o paciente não precisa ficar internado. Já no Mário Gatti, as cirurgias costumam ser de maior porte, com necessidade de internação.

O aumento no volume das operações agendadas ocorre em função da redução na necessidade de internação de pacientes com síndromes respiratórias agudas graves (Srag). Esse quadro permitiu disponibilizar leitos para cirurgias e ampliar as estratégias para a redução da fila de espera de pacientes por procedimentos cirúrgicos que ficaram represados durante a pandemia.

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