O dia seguinte ao incêndio que atingiu um depósito e uma loja de calçados no Centro de Campinas começou novamente com o trabalho dos Bombeiros. Eles foram acionados por comerciantes e moradores da região que relataram ainda haver fumaça em alguns pontos do interior do galpão. O Tenente Borges do Corpo de Bombeiros explicou a ação. “Devido a essa fumaça pequena, então a gente vem, realiza o rescaldo de novo nessa área e já mitiga esse risco”.
Ninguém se feriu no incêndio que atingiu o galpão que tem frente para a rua Visconde do Rio Branco, e a loja que tem frente para o calçadão da 13 de maio Os fundos dos imóveis são interligados, e por isso o fogo se alastrou de um para o outro. Além disso, imóveis de três lojas vizinhas também foram interditados por precaução.
A Polícia Científica também esteve no local na manhã desta segunda-feira para realizar a perícia e apurar as causas do incêndio. Posteriormente a Defesa Civil também avaliou as condições dos prédios. Além das autoridades que trabalham no caso, o incêndio atraiu a atenção de muita gente. Diversas pessoas que passaram pela 13 de maio pararam para ver o estrago causado pelo fogo, e alguns chegaram a registrar imagens. Uma das pessoas que foi ao local ver este estrago é Paulo Moraes, que trabalha na loja há mais de dez anos, e na rede há mais de 40 anos. “É triste, aqui era minha casa, eu fico mais na loja que na minha própria casa, até minha esposa chorou, hora que fiquei sabendo eu desmoronei, agora é esperar, levantar a cabeça e retornar de novo”.
A gerência da Baby Calçados informou que o local contava com cerca de 50 funcionários, e que eles deverão ser realocados para outras unidades da rede. Não foi informada a quantidade ou valor dos produtos perdidos, mas a loja conta com seguro.
Alguns imóveis ficaram sem energia até o final da manhã de hoje na rua Visconde do Rio Branco, pois o calor do fogo danificou os cabos de energia. A loja de Nathan Mello, que é quase em frente ao depósito, escapou, e não teve o fornecimento de energia interrompido. Porém, com a rua fechada para os trabalhos envolvendo o caso, o movimento na loja ficou comprometido. “Atrapalha por estar fechado, mas o pior é a tristeza, com o pessoal sem trabalhar, sem estoque, sem mercadoria, a gente se solidariza, a maioria que trabalha no escritório compra comigo, ou pelo menos cumprimenta, é complicado”.
O incêndio começou por volta das 7h de domingo e foi controlado em pouco menos de três horas, com a ação de 33 bombeiros com o uso de 11 viaturas.
