A Justiça decidiu manter o vereador Zé Carlos, do PSB, no comando da Câmara de Campinas. O judiciário negou um pedido de liminar de afastamento feito pelos vereadores Marcelo Silva e Nelson Hossri, do PSD, que argumentaram que a continuidade de Zé Carlos na presidência é lesiva à moralidade pública.
O juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Wagner Gídaro, entendeu que a ação popular deve continuar, mas decidiu negar o pedido de liminar.
Há 15 dias promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco do Ministério Público, cumpriram mandados de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Campinas (na Ponte Preta e no Bento Quirino), na casa do presidente do legislativo, Zé Carlos, e na casa e escritório do subdiretor de Relações Institucionais da casa, Rafael Creato.
Foi aí quando vieram à tona denúncias de que Zé Carlos e Rafael Creato de corrupção passiva, por supostamente pedirem propina para empresários que têm contratos terceirizados com a casa e eventualmente para novos acordos fechados durante o período em que ele está à frente do legislativo campineiro.
O Ministério Público ainda está debruçado em documentos que foram apreendidos nas buscas, mas acredita ter certeza que outros empresários também foram “convidados” a pagar a mais para ter contratos renovados, sob “pena” de não prestar mais o serviço.
As defesas de Zé Carlos e Rafael Creato negam as acusações.