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Moradores e comerciantes reclamam de furtos na Vila Itapura

Foto: Guilherme Pierangeli

Moradores e comerciantes da Vila Itapura, em Campinas, têm reclamado da crescente criminalidade na região. O furto é o tipo de crime mais comum no bairro. Itens que podem ser vendidos como sucata geralmente são levados durante a noite, madrugada, ou aos finais de semana. A reportagem da CBN esteve no local e ouviu relatos de furtos de fios e cabos elétricos, cadeiras de um restaurante, material hidráulico, e até partes do portão e grades de metal de uma clínica.

Fernanda Machado é gerente comercial e administrativa de uma clínica de medicina do trabalho. Os cabos de energia de um poste em frente ao local, e os que ligam o poste à clínica, foram furtados, gerando transtornos e prejuízo. “A gente chegou aqui na clínica, estávamos sem energia, quando olhamos no poste roubaram todos os cabos, tivemos que pagar a parte que fica dentro do imóvel, tivemos um prejuízo de R$ 2 mil, além de um período de dois dias úteis para religação pela CPFL, um transtorno absurdo”.

Já a médica pediatra Patrícia Tenório, que tem consultório na região, relatou que teve barras de um portão de alumínio furtadas aos poucos, até chegar ao ponto em que teve de trocar o portão todo. “Até que eles levaram todas as hastes e o portão ficou vazado, isso causou prejuízo grande, pois o material era novo e de boa qualidade, tive que trocar por um portão de ferro, que tem uma duração menor, além disso tentaram roubar o ar-condicionado de nosso vizinho, a situação aqui é bem complicada, e é uma região que praticamente não tem policiamento”.

Também foram relatados de assaltos na região, em especial de mulheres pedestres, com os criminosos levando itens como bolsas e celulares. Os criminosos seriam, no geral, usuários de drogas que ficam pela região, segundo os moradores e comerciantes.

Nós entramos em contato com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP) e com a Guarda Municipal de Campinas (GM), que enviaram as seguintes notas sobre o assunto:

SSP:A SSP desenvolve ações para combater crimes patrimoniais em todo o Estado de São Paulo. Uma delas é a Operação Sufoco que, desde maio, dobrou o número de policiais nas ruas, deteve mais de 17 mil pessoas, apreendeu 6.407 celulares roubados ou furtados, recuperou 3.064 veículos e retirou mais de 1.300 armas de fogo irregulares das ruas. O policiamento na região citada é reorientado constantemente com base nos índices criminais.

O trabalho conjunto das Polícias Civil e Militar na cidade de Campinas possibilitou a redução de 11% nos casos de roubos em geral, na comparação de janeiro e julho deste ano com o mesmo período de 2019, anterior à pandemia de Covid-19. Somente nos primeiros sete meses de 2022, os agentes realizaram 2582 prisões, apreenderam 208 armas de fogo e recuperaram 868 veículos roubados e furtados.

Vale ressaltar que a formalização do registro, em qualquer unidade territorial do Estado ou pela Delegacia Eletrônica (https://www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br/ssp-de-cidadao/home), é imprescindível para que os casos sejam investigados e os responsáveis, punidos, além de auxiliar as forças de segurança na elaboração de novas estratégias para combater a criminalidade.

GM: “A Guarda Municipal realiza o patrulhamento pela região e vai reforçar a ronda. É importante que as pessoas denunciem os casos pelo 153 ou registrem boletim de ocorrência na delegacia. A segurança pública é baseada em informações e o patrulhamento é direcionado para as áreas que tem mais denúncias de crimes.”

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