Dias após o incêndio em um depósito e uma loja de calçados no Centro de Campinas, o cenário na região é de uma volta à normalidade. O tráfego na rua Visconde do Rio Branco foi liberado, mas em frente ao depósito há cavaletes dos dois lados da rua, bloqueando o estacionamento de veículos.
As fachadas do depósito e da loja estão bloqueadas com tapumes, impedindo a entrada de pessoas e a visualização do interior dos imóveis incendiados. Ainda não foi iniciada a remoção dos escombros, e um engenheiro contratado pela loja fez uma avaliação das condições do local.
Os imóveis vizinhos à loja no calçadão da 13 de Maio, que estavam interditados, foram liberados, e as lojas ali instaladas funcionam normalmente. Já os 50 funcionários da loja e do depósito incendiados retornaram ao trabalho. Os funcionários da loja foram realocados para outras unidades da rede, e os do depósito trabalham na limpeza e arrumação de um outro prédio, na mesma rua, que foi alugado de forma emergencial pela rede para ser utilizado como depósito, já que o galpão incendiado era o depósito central da rede.

O incêndio começou por volta das 7h de domingo e foi controlado em pouco menos de três horas. Ele atingiu o galpão do depósito que tem frente para a rua Visconde do Rio Branco, e a loja que tem frente para o calçadão da 13 de Maio. Os fundos dos imóveis são interligados, e por isso o fogo se alastrou de um para o outro.
A Polícia Científica esteve no local na segunda-feira para realizar a perícia e apurar as causas do incêndio, mas ainda não foi divulgado se há uma conclusão sobre o trabalho. A Defesa Civil e a Secretaria de Urbanismo avaliaram as condições dos prédios, e a secretaria informou que os alvarás de uso dos três lotes da loja de calçados estavam vencidos. A pasta informou também que o setor de fiscalização já havia intimado a rede a apresentar um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) válido/atualizado, e que uma equipe de engenheiros vai fazer uma nova avaliação nos próximos dias, após a remoção de escombros, e que o laudo final vai apontar a necessidade ou não de demolição de estruturas.
Até o momento a Baby Calçados não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido, nem sobre a falta de alvará apontada pela Secretaria de Urbanismo. Não foi informada a quantidade ou valor dos produtos perdidos no incêndio, mas a loja conta com seguro.