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Obras da ciclovia do Piçarrão seguem paralisadas

Foto: Guilherme Pierangeli

A ciclofaixa do Piçarrão segue com as obras paralisadas. Elas foram iniciadas sob responsabilidade de uma construtora, que realizaria o investimento de R$ 1,9 milhão em contrapartida por empreendimentos imobiliários construídos na região. O projeto prevê 5,3 km de via exclusiva para ciclistas, indo desde a Av. João Batista Morato do Canto, na Vila Industrial, até a Avenida Jorge Tibiriçá, na região do Jardim dos Oliveiras. A previsão de conclusão das obras era para o segundo semestre de 2020, mas problemas surgiram no caminho.

Primeiramente, em abril de 2020, a Prefeitura embargou a obra após reclamações de moradores em relação à remoção de árvores. Superado o problema, a obra foi retomada em junho do mesmo ano. Trechos foram entregues e estão em operação. Mas até hoje a obra não foi concluída, e há trechos a serem construídos, como na região das avenidas José Gabeta e Francisco de Angelis. Desde o ano passado a obra está paralisada devido a uma liminar judicial concedida em ação popular, solicitada pelo Ministério Público.

Nova praça em construção – Foto: Guilherme Pierangeli

Os moradores da região querem a retomada das obras para a conclusão da ciclovia. É o que pede o auxiliar de almoxarifado, Josias Campopiano. “Continua do mesmo jeito, chegou até a metade e depois não fizeram mais nada, abandonaram, e agora começaram a construir essa praça aqui, e provavelmente vão terminar isso daí, e até agora nada”.

A praça citada por Josias está em construção na rua Comendador Irineu Checchia, bem em frente ao local em que a obra da ciclovia parou. Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Públicos, a obra começou há dois meses e o projeto prevê paisagismo, pista de caminhada, academia ao ar livre, iluminação, entre outros. A previsão é de que a obra prossiga por mais dois meses. Mas as obras não têm relação com a ciclovia.

O publicitário Rodrigo Patrocínio também pede o retorno das obras, e reclama da falta de manutenção nas partes concluídas. “Eles pararam de fazer há alguns anos, já faz uns dois anos já, tem parte que eles não deram continuidade, que o concreto tá todo destruído, você vai caminhar com uma pessoa idosa, tipo minha mãe, pode tropeçar, machucar o pé, seria um trecho legal se tivesse dado continuidade né?”

Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que apresentou alternativas para a continuidade da obra de forma a minimizar a derrubada das árvores, e que após a alternativa ser aceita pela Justiça, ela foi enviada ao Conselho Municipal de Meio Ambiente (Condema) em 22 de julho deste ano para manifestação do órgão ao juiz. Sobre a manutenção das partes já concluídas, a Prefeitura afirma que não é possível realizar porque a obra está paralisada por liminar judicial.

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