Família vai continuar contestando morte de Toninho após arquivamento

Mesmo com o arquivamento do inquérito após prescrever e impossibilitar a punição ao mandante, a família do então prefeito de Campinas, Toninho do PT, segue em busca do autor e crê em crime político. O advogado da família tenta qualificar o assassinato como crime contra os direitos humanos para tentar identificar o culpado pela morte de Toninho, em 2001.
Foto: Arquivo

A lei brasileira prevê que crimes prescrevem após 20 anos. Com o prazo vencido em setembro do ano passado, a investigação sobre a morte do à época prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, foi arquivada pela Justiça em outubro deste ano.

Mesmo com o fim do inquérito e a impossibilidade de punir o autor, a família do ex-prefeito segue em busca de Justiça. O advogado William Ceschi Júnior afirma que não houve esforço das autoridades policiais para esclarecer o assassinato e a sentença apontou inconsistências na denúncia do Ministério Público.

Para se reabrir uma investigação após prescrever, é necessário que a Justiça acate um pedido de se considerar crime contra os direitos humanos. Mas o advogado da família de Toninho se mostra pessimista, pois a solicitação já não foi considerada anteriormente.

Segundo o Ministério Público, o tiro que matou Toninho na Avenida Mackenzie, em 10 de setembro de 2001, foi disparado pelo sequestrador Anderson José Bastos, o Ancio, assassinado um mês após o crime em Caraguatatuba, no litoral paulista. A entidade afirma nunca ter encontrado indícios de crime político contra o ex-prefeito, mesmo não descartando que essa poderia ser a motivação.

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