A Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania abriu uma investigação para apurar os responsáveis por disseminar conteúdo racista, xenofóbico e nazista por meio de mensagens de WhatsApp em um grupo de estudantes de Valinhos, criado após a divulgação do resultado das eleições presidenciais, com o nome de “Fundação Antipetismo”.
O secretário executivo da pasta, Luiz Orsatti Filho, afirma que os autores dos ataques podem ser punidos com multa de com valor inicial de R$ 30 mil, independentemente de não terem completado 18 anos.
Mesmo quando os agressores forem identificados, o representante da Secretaria de Justiça e Cidadania explica que o Estado não tem poder para expulsar os alunos de uma escola particular.
As denúncias de racismo, xenofobia e nazismo foram feitas pela advogada Thaís Cremasco, depois que o filho dela foi adicionado ao grupo e o conteúdo teria sido dirigido a ele.
O advogado de defesa de alguns dos estudantes, Ralph Tórtima Filho, informou por meio de nota que em nenhum momento houve o encaminhamento de mensagem com conteúdo racista a qualquer colega deles. Tal mensagem se deu dentro de outro contexto e foi publicada por um terceiro no grupo de WhatsApp de que participaram dezenas de jovens, de alguns colégios. Ainda segundo ele, é inconsequente, ilícita e irresponsável a divulgação de imagens e dados pessoais desses adolescentes, que agora estão sofrendo todo tipo de ameaças.
Já o Colégio Porto Seguro afirmou que acolheu os alunos que se sentiram ofendidos e os familiares, e vai contribuir para a devida averiguação. A instituição diz que repudia qualquer tipo de atitude ou manifestação ofensiva ou discriminatória contra quaisquer pessoas e promove constantes ações pedagógicas que abordam a tolerância à diversidade.