Já é uma tradição nas Copas do Mundo. Portugueses nativos e descendentes se reúnem a cada mundial para torcerem pela seleção lusitana na Casa de Portugal, em Campinas. A associação que deu origem ao ponto de encontro da comunidade patrícia surgiu em 1958.
Do histórico time de Eusébio, terceiro colocado na Inglaterra em 1966 a uma esporádica participação no México, em 1986, o time português passou ser figurinha carimbada na Copa a partir de 2002, na passagem da geração de Luis Figo para a de Cristiano Ronaldo.
Por isso, a confraternização para ver futebol se tornou corriqueira pelo menos a cada quatro anos, como diz o engenheiro João Fernando Teixeira.
Há 20 anos, nunca mais a seleção rubro-verde ficou de fora, conquistando um quarto lugar sob o comando do técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari em 2006. Para o mundial do Catar, o aposentado Mário Pereira, de 79 anos, 60 em Campinas, espera uma campanha razoável, pois discorda dos métidos do técnico Fernando Santos.
A estreia de Portugal com vitória por 3 a 2 sobre Gana reuniu dezenas de portugueses, descendentes e até torcedores agregados na Casa de Portugal, no Centro de Campinas. Sandra Cerqueira acompanha muito futebol. O primo dela é goleiro nas categorias de base do Benfica, o time mais tradicional do país, e também de seleção portuguesa. Ela se apega à superstição para acreditar no título.
O jogo desta quinta antecedeu a estreia do Brasil diante da Sérvia. Na próxima segunda, a festa inverte os horários na Casa de Portugal, já que a seleção brasileira enfrenta a Suíça às 13h e os lusos encaram o bicampeão mundial Uruguai às 16h.